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Vai de comum, aditivada, ou Premium? Qual o melhor combustível para motos a gasolina e flex?

Publicado em 12/09/2022 por Jean Souza

Existe algum combustível mais adequado para motos? É possível misturar gasolina com etanol? E, diante do aumento dos preços, pode ser mais vantajoso trocar o carro pelo veículo de duas rodas?

Algumas dessas respostas podem variar, de acordo com o modelo que você pensa em comprar. Confira, a seguir, o que dizem representantes de algumas das maiores fabricantes do ramo.

Trocar o carro pela moto

“Com as constantes altas nos preços dos combustíveis, muitas pessoas estão optando pelo guidão, considerando que as motocicletas de baixa cilindrada são extremamente econômicas, chegando a rodar até 50km/litro de combustível”, afirma Paulo Takeuchi, diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Segundo ele, “além de ser um veículo ágil, versátil e com baixo custo de manutenção”, junto das bicicletas, as motos são “uma excelente alternativa para a mobilidade urbana”.

“Geralmente, a motocicleta tem um consumo menor do que um carro, esse fator com certeza gera uma grande economia para o proprietário de uma Kawasaki”, exemplifica Filipe Santos, do Departamento de Marketing e Vendas da fabricante.

Comum, aditivada ou premium?

Santos explica que as motocicletas Kawasaki usam exclusivamente gasolina e recomenda a de alta octanagem (Premium), pois “esse tipo de combustível diminui a carbonização nas partes internas do motor e aumenta o desempenho da motocicleta. Essas são características positivas do combustível”, completa.

Alfredo Guedes Junior, supervisor de Relações Públicas da Honda, explica como funcionam as motos da montadora. Na fábrica, as motos não flex são desenvolvidas com a gasolina do tipo E22 (com 22% de álcool anidro, ou seja, sem água). Essa característica permite que elas fiquem adaptadas para as gasolinas vendidas hoje nos postos, que possuem 27% de etanol na composição: “portanto elas podem utilizar qualquer tipo de gasolina (comum ou aditivada), desde que não adulterada. Para os modelos flex, também pode ser utilizado qualquer tipo de etanol, também não adulterado”.

Aliás, a preocupação com a qualidade do produto também é destacada pela Yamaha, outra grande fabricante no Brasil. O manual do modelo Fazer FZ25, um dos mais vendidos no país, afirma que “o uso de gasolina ou etanol de má qualidade pode provocar severos danos às partes internas do motor, como nas válvulas e anéis do pistão, assim como no sistema de escape”.

Por ser flex, esse modelo permite o uso de etanol ou gasolina. No caso da gasolina, a fabricante recomenda a aditivada, pois defende que esse tipo de produto estende a vida útil da vela de ignição e reduz os custos de manutenção.

Saiba mais: Gasolinas comum, aditivada e Premium? Afinal, qual a diferença entre elas?

Pode misturar gasolina com etanol no tanque?

Enquanto a Kawasaki usa apenas gasolina, a Honda fabrica modelos flex. “Nossas motocicletas que possuem o sistema flex podem utilizar qualquer tipo de mistura entre álcool e gasolina. Recomendamos apenas que em regiões onde o clima é muito frio, abaixo de dez graus, ao completar o tanque com etanol, (deve-se) misturar pelo menos dois litros de gasolina para facilitar a partida a frio”, explica o representante da empresa.

Em relação à Kawasaki, Santos explica que “misturar os dois tipos de combustível vai prejudicar o funcionamento e o desempenho do motor”, ao contrário da Yamaha, que também tem modelo flex para vendas. “É possível misturar gasolina e etanol no tanque de combustível em qualquer proporção”, diz a fabricante.

Combustível adulterado pode danificar as motos

Cuidado ao achar que pagar menos pelo combustível pode ser uma vantagem: o barato pode sair caro, já que os prejuízos causados ao motor certamente vão afetar o bolso. Sem contar que, no caso de quem usa o veículo profissionalmente, moto na oficina é dia sem trabalho.

Saiba mais: Vai abastecer? Confira nossas dicas para não cair na cilada do preço baixo!

Conforme aponta Guedes Junior, os principais sintomas de que o combustível usado na motocicleta pode estar adulterado são “consumo excessivo, dificuldade na partida a frio, fumaça escura saindo do escapamento e falhas na aceleração”.

Santos aponta “falhas durante o funcionamento e desempenho abaixo do normal” como alguns dos sinais de que o combustível pode ter sido adulterado.

Denuncie estabelecimento com produto falsificado

Caso você acredite ter sido vítima de fraude, saiba que há várias opções para fazer valer os seus direitos. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por exemplo, tem um telefone gratuito para receber denúncias: 0800-970-026.

Você também pode procurar o Procon ou Inmetro da sua região. E o site do ICL também possui uma seção voltada para facilitar a sua denúncia.

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