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O que levar em conta na hora de comprar moto? Executivo tira dúvidas sobre o transporte cada vez mais popular no Brasil

Publicado em 23/12/2022 por Jean Souza

O que é preciso saber antes de comprar uma moto? Todas exigem habilitação? É vantajoso trocar o carro por uma motocicleta? E qual a diferença para as bicicletas elétricas?

Ultimamente, essas perguntas estão na cabeça de muita gente que planeja mudar a forma de se locomover, colocando na ponta do lápis os custos de abastecer no posto.

Para falar sobre o assunto, o Instituto Combustível Legal (ICL) convidou Paulo Takeuchi, diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Segundo ele, com a oscilação nos preços dos combustíveis, e o menor custo de manutenção comparado aos carros, “muitas pessoas estão optando pelo guidão”.

De acordo com a associação, as fabricantes do Polo Industrial de Manaus produziram, até outubro, 1,2 milhão de motocicletas, volume 19,3% superior ao registrado no mesmo período de 2021. Esse é também o melhor resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2014. Confira a entrevista:

ICL: O mercado de delivery tem influência sobre o aumento do número de motos entrando em circulação?

Paulo Takeuchi: Sim, pois os serviços de entrega, que já vinham crescendo na esteira do crescimento do e-commerce, ganharam impulso maior com a pandemia do coronavírus. Muitas pessoas que perderam seus postos de trabalho passaram a atuar no mercado de delivery, entregando alimentos, mercadorias, medicamentos, documentos, materiais e muitos outros produtos. Há ainda aquelas que quiseram aumentar sua fonte de renda e passaram a utilizar a motocicleta como um instrumento de complementação de renda.

ICL: Quais as recomendações básicas para quem pretende adquirir uma motocicleta?

Paulo Takeuchi: Em primeiro lugar, possuir habilitação na categoria A para pilotar uma motocicleta. Isso é fundamental para conhecer melhor a legislação e garantir a sua segurança e integridade física. Feito isso, o consumidor precisa entender suas necessidades. Afinal, existem diversas categorias e é preciso ver qual se encaixa melhor em seu modo de uso. É importante também fazer um test-ride [corrida-teste] para conhecer melhor o produto de interesse. O capacete é obrigatório, porém, o uso de outros equipamentos de segurança, como botas, luvas e jaquetas com proteção nas articulações, também é essencial para uma pilotagem segura.

ICL: Existem modelos que não exigem o uso de carteira de habilitação ou emplacamento?

Paulo Takeuchi: Quando falamos de motocicleta ou ciclomotor, todos precisam ser registrados e emplacados e seu condutor devidamente habilitado para condução desses veículos nas vias públicas.

ICL: O que diferencia as chamadas cinquentinhas dos demais modelos fabricados no país?

Paulo Takeuchi: A cinquentinha, que é a definição popular para ciclomotor, é definida pelo Código de Trânsito Brasileiro como um veículo de duas ou três rodas, provido de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ (cinquenta centímetros cúbicos) ou de motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda 50 km/h.

Este veículo deve estar devidamente registrado e emplacado para circulação em vias públicas e seu condutor devidamente habilitado na categoria ACC ou A.

ICL: Vale a pena trocar o carro pela moto, para economizar com abastecimento? Quais as vantagens?

Paulo Takeuchi: Com as constantes altas nos preços dos combustíveis, muitas pessoas estão optando pelo guidão, considerando que as motocicletas de baixa cilindrada são extremamente econômicas, chegando a rodar até 50km/litro de combustível, além de ser um veículo ágil, versátil e com baixo custo de manutenção, sendo, junto da bicicleta, uma excelente alternativa para a mobilidade urbana.

ICL: As bicicletas elétricas estão ganhando espaço no mercado? Existe legislação diferente para seu uso?

Paulo Takeuchi: Apesar de representar apenas 1,7% do total produzido no Polo de Manaus, a bicicleta elétrica foi a categoria que registrou o maior crescimento percentual de janeiro a outubro deste ano. Foram fabricadas 9.135 unidades, alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2021. Acreditamos que este ano sejam produzidas 11 mil unidades, o que representa um aumento de 6,9% na comparação com 2021.

De acordo com a Resolução Contran 947/2022, as bicicletas elétricas equiparadas às de propulsão humana podem circular por ciclovias e ciclofaixas, desde que seu motor elétrico tenha potência máxima de até 350 Watts e ofereça assistência ao pedal até o limite de 25 km/h, não sendo equipada de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência. O ciclista não precisa ter habilitação, mas deve usar capacete. Recomendamos o uso de roupas e calçados adequados para garantir a segurança.

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