Na hora de trocar o óleo, saiba como escapar dos lubrificantes ruins e proteger seu veículo
Publicado em 14/05/2024 por Alessandra de PaulaAssim como um combustível adulterado, ou de má qualidade, prejudica diversos sistemas e componentes vitais do seu veículo, um óleo ruim pode provocar, a longo prazo, uma série de problemas graves ao motor, incluindo, até mesmo, a sua quebra.
Para combater esse tipo de problema, o Instituto Combustível Legal (ICL) vem promovendo diferentes ações contra o mercado irregular de lubrificantes. É importante ressaltar que existem vários tipos de irregularidades nesse setor, desde sonegação fiscal e roubo de cargas à comercialização de produtos falsos ou sem aprovação da ANP, sendo necessário o trabalho conjunto para que consumidores, e o próprio erário, não sejam prejudicados.
O consultor André Alves, com passagens por importantes empresas do setor, como Shell, Iconic, Petronas, entre outras, ressalta a importância de priorizar os produtos de boa qualidade:
“Toda empresa que pretende colocar seu óleo no mercado submete uma amostra para análise da ANP e a agência, de acordo com os critérios e especificações daquele produto, aprova ou não. Um óleo ruim é aquele fora das especificações e [o seu uso] pode danificar não só os automóveis, mas também equipamentos e veículos pesados, utilizados no agronegócio, por exemplo. Existem óleos clonados, falsificados… o consumidor deve ficar muito atento”, ressalta o especialista, lembrando que lubrificantes de má qualidade podem gerar superaquecimento do motor e, até mesmo, incêndio no veículo.
Fique atento ao número de registro da ANP
E para não cair em golpes, a quais fatores os consumidores devem ficar atentos na hora de adquirir um óleo lubrificante? A primeira dica é ficar de olho se a embalagem tem o selo com número de registro da ANP:
“Os produtos legalmente aprovados pela agência têm um número de registro. Obviamente, esse número pode ser eventualmente falsificado”, alerta Alves. Por isso, conforme explica o especialista, é essencial adquirir óleos lubrificantes em pontos de venda de confiança.
Para que o consumidor possa se proteger ainda mais, o consultor destaca a importância de acessar a lista de produtos não conformes publicada pelo Programa de Monitoramento de Lubrificantes da ANP. O objetivo é justamente avaliar a qualidade dos óleos lubrificantes comercializados no país e a regularidade de seus registros.
Ele alerta, também, para que as pessoas desconfiem de estabelecimentos que praticam preços muito abaixo do mercado. “Quando a esmola é demais… tem que desconfiar mesmo”, ressalta.
Exija sempre a nota fiscal e denuncie!
Exigir a nota fiscal é outra orientação importante: “Para pedir qualquer tipo de reparação em caso de irregularidade, o consumidor precisa apresentar a nota fiscal”, destaca.
E se você desconfia que foi vítima de lubrificantes falsificados, ou fora da especificação, acesse a seção Denuncie, do site do ICL, e faça valer seus direitos. Ao visitar essa área, é possível encontrar os órgãos para denunciar crimes tributários (como a não emissão de nota fiscal) e ambientais, além do roubo e furto de combustíveis e lubrificantes.
Bastar escolher o tipo de irregularidade da qual foi vítima, ou presenciou, e a sua região. Pronto! Você terá acesso à lista de órgãos competentes e seus respectivos contatos para fazer sua denúncia.
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