Estudo do Instituto Combustível Legal revela dado alarmante: roubo de combustível na Amazônia causa prejuízo de R$ 100 milhões ao ano. TV Cultura e Jornal O Globo acendem debate sobre problema na região
Publicado em 21/05/2024 por Jean Souza
Um levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL) aponta que a atuação dos chamados piratas dos rios, criminosos que roubam combustíveis em vias fluviais na Região Norte, causa prejuízo anual de cerca de R$ 100 milhões nas atividades de transporte de cargas pelo Rio Amazonas.
O assunto foi abordado no Jornal da Cultura (TV Cultura) do dia 20/5, em reportagem sobre como as empresas de transporte de cargas estão sendo obrigadas a investir em diversos sistemas de segurança para combater ataques nos rios da Região Norte do país.
O presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), Emerson Kapaz, comentarista fixo do telejornal, afirmou que as ações mais recentes do poder público ajudaram a diminuir as ocorrências.
“Caiu para zero, este ano, o número de assaltos em barcos. Juntos com os secretários de Segurança da região, nosso instituto fez um trabalho, com seminários em Brasília e na região amazônica. Chamamos todos os secretários, porque estava absurdo: oito milhões de litros de combustível roubados em quatro anos”, disse.
Kapaz também explicou que o dinheiro obtido com a venda de combustível roubado ajudava a abastecer crimes como garimpo e tráfico de drogas.
Cartilha de segurança
No dia 21/5, a criminalidade contra o setor de combustíveis na Amazônia também foi tema de reportagem, desta vez, do jornal O Globo. A matéria destacou que o ICL lançou um manual de boas práticas para proteção de comboios que transportam combustíveis.
“É preciso trazer investimento em segurança da área federal para a região amazônica. Acredito ser necessário criar leis mais punitivas para quem promove assaltos, além de comercializar e recepcionar o combustível roubado”, disse Carlo Faccio, diretor do ICL, em entrevista para o jornal.
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Foto: montagem sobre foto da Agência Amazonas
