Unicamp alerta para alta de intoxicações fatais por metanol após consumo indevido de combustível adulterado
Publicado em 18/08/2023 por Jean SouzaO Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), da Universidade Estadual de Campinas (SP), emitiu um alerta para o aumento de casos graves de intoxicação por metanol na região de Campinas (SP). De acordo com as informações, a alta pode ser “a ponta de um iceberg” no cenário nacional, segundo informações publicadas pelo G1.
O balanço considera 14 casos registrados desde 2016, contudo, dez deles aconteceram de 2022 a 2023. O único antídoto disponível no Brasil para intoxicações envolvendo metanol é o álcool intravenoso, medicação disponível em poucos serviços de urgência.
Em outra matéria, e também de acordo com o CIATox, o site relata que as intoxicações por metanol após consumo de combustível são as mais graves em 41 anos.
Entenda o cenário de adulteração de combustíveis por metanol
Recentemente, diversos postos foram flagrados pelas forças de fiscalização adulterando combustível com metanol, substância altamente tóxica e proibida por lei para uso em veículos. Em alguns estabelecimentos, a adulteração criminosa é tão alta que chega a mais de 80% de metanol na mistura, uma ameaça real a consumidores e funcionários dos postos.
O metanol é um líquido incolor, inflamável (de chama pouco visível), volátil e com leve odor de álcool. A exposição humana a essa substância pode ocorrer por inalação, ingestão e contato com a pele, causando intoxicação aguda, incluindo náusea, vômito, dores de cabeça, vertigem, fotofobia, visão turva e até mesmo cegueira. É importante esclarecer que a exposição a elevadas concentrações (de 4 a 10 ml de metanol) pode causar a morte.
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