ANP e Mercado Livre se unem contra crimes envolvendo lubrificantes falsificados e revenda de metanol
Publicado em 28/06/2024 por Alessandra de Paula
Uma importante iniciativa para combate às irregularidades nos setores de lubrificantes e combustíveis está em andamento! A diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou, na 5ª feira (27/06), um acordo de cooperação técnica com a companhia argentina Mercado Livre.
O objetivo é coibir a venda de produtos irregulares na plataforma líder no mercado de comércio virtual, incluindo óleos lubrificantes sem registro na ANP, e coibir a revenda de metanol como combustível, em desacordo com as normas da agência.
Pelo acordo, a ANP poderá remover diretamente anúncios desses produtos que estejam sendo vendidos irregularmente no Mercado Livre. A agência também terá acesso a informações dos anúncios para usar em suas ações de fiscalização, inclusive para rastrear possíveis produtores não autorizados. Saiba mais:
Os riscos do metanol
O ano de 2023 foi marcado pelo crescimento da adulteração da gasolina e do etanol por metanol, substância corrosiva e tóxica capaz de gerar danos ao motor do automóvel em apenas um abastecimento, além de ser um risco para a saúde.
Em entrevista para o site UOL, Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), explicou que o metanol chega legalmente ao Brasil para duas finalidades: fabricação de laminado de plástico e produção de biodiesel (esta, responsável pela fração menor do total importado).
“No entanto, como o litro de metanol é aproximadamente R$ 1 mais barato que o etanol, quadrilhas passaram a usá-lo para adulterar o combustível. A mistura pode causar um desgaste enorme no motor, com um custo de manutenção elevado, além de ser cancerígeno e causar até cegueira em quem tiver contato direto”, afirma.
A matéria completa está disponível no site do UOL
Lubrificantes na mira dos criminosos
O setor de lubrificantes está preocupado com as irregularidades cada vez mais frequentes e a concorrência desleal. De acordo com Alexandre Bassanezi, presidente da ICONIC, uma das líderes no segmento, o mercado honesto acaba sendo afetado pela comercialização de produtos resultantes de sonegação e evasão fiscal, bem como de óleos adulterados. É comum, segundo ele, o roubo de embalagens originais de marcas conhecidas, usadas para envasar óleos adulterados.
Leia a entrevista completa no site do jornal Valor Econômico (fechada para assinantes):
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/02/26/adulteracao-e-roubo-preocupam-setor-de-lubrificantes-diz-iconic.ghtml
As autoridades têm apertado o cerco contra os crimes no mercado de lubrificantes. Em abril deste ano, a ANP autuou quatro empresas de São Paulo por produzir e comercializar óleos lubrificantes acabados industriais sem autorização da agência. As multas podem chegar a R$ 5 milhões.
Saiba mais: https://grudiario.com.br/produtora-de-oleo-lubrificante-e-interditada-em-guarulhos/
Desconfiou? Denuncie!
Se na hora de abastecer ou ao trocar o óleo, você desconfiou que foi vítima de produtos falsificados, ou fora da especificação, que podem causar graves problemas aos veículos e prejuízos aos motoristas, faça valer seus direitos. Acesse a sessão Denuncie do site ICL e faça sua denúncia.
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