Prejuízos do ‘Brasil Ilegal’ somam R$ 453 bilhões. Dados foram divulgados pela CNI em evento com participação do ICL
Publicado em 18/04/2024 por Jean SouzaProduzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fiesp e Firjan, nota técnica “Brasil Ilegal em Números” será apresentada ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em evento na CNI, com participação do presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), Emerson Kapaz
Contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos são algumas das ações ilegais que provocaram um prejuízo econômico de R$ 453,5 bilhões ao país em 2022.
A cifra consta na nota técnica “Brasil Ilegal em Números”, levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Veja o documento aqui.
Desse total, a maior parte refere-se aos prejuízos diretos com os impostos que deixaram de ser arrecadados (R$ 136 bilhões) pelos governos e poderiam ser revertidos em bem-estar para a sociedade.
O levantamento foi apresentado no seminário “Combate ao Brasil Ilegal”, na quinta-feira, dia 18/4, na sede da CNI em Brasília, das 9h às 13h.
“A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina, por exemplo. A CNI, Fiesp e Firjan querem chamar a atenção para essa calamidade. Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país”, afirma Carlos Erane de Aguiar, diretor da Fiesp e da Firjan na área de segurança.
Levando em consideração 15 setores afetados pelo mercado ilícito, o Brasil deixou de gerar quase 370 mil empregos com carteira assinada em 2022.
Os setores afetados são:
- audiovisual (filmes),
- bebidas alcoólicas,
- brinquedos,
- celulares,
- cigarros,
- combustíveis,
- fármacos,
- cosméticos e higiene pessoal,
- defensivos agrícolas,
- material esportivo,
- óculos,
- computadores,
- perfumes importados,
- TV por assinatura, e
- vestuário.
Seminário Combate ao Brasil Ilegal
Além do ministro Ricardo Lewandowski e dos presidentes da CNI, Ricardo Alban, da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, participam do seminário “Combate ao Brasil Ilegal” autoridades como Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal; Robinson Sakiyama Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal; os secretários de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e da Fazenda, Victor Santos e Leonardo Lobo, respectivamente; e Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal.
O seminário será composto por três painéis:
Painel 1 – O Dano Fiscal do Brasil Ilegal;
Painel 2 – As Ações Integradas de Inteligência e Planejamento;
Painel 3 – A Defesa do Estado e da Concorrência.
Acompanhe o evento pelo YouTube da CNI:
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Link para o documento no site do ICL
Foto: divulgação