Integração entre instituições é chave para combater crime organizado no Brasil, afirma presidente da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape)
Publicado em 05/05/2025 por Alessandra de Paula
Em artigo ao site Correio Braziliense, Vicente Braga, presidente da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape), destaca que a integração entre instituições é essencial para enfrentar o avanço do crime organizado no Brasil, já que iniciativas isoladas se mostram insuficientes.
Estimativas recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que somente os mercados ilícitos de combustíveis, bebidas, ouro e cigarros movimentam, todos os anos, algo em torno de R$ 146,8 bilhões no país. E nesse contexto, Braga aponta o caso do setor de combustíveis, alertando sobre a circulação ilegal de bilhões de litros do produto, gerando perdas fiscais de R$ 23 bilhões.
Além de comprometer a arrecadação pública, o comércio clandestino financia atividades criminosas, como o abastecimento de garimpos ilegais, causando devastação ambiental na Amazônia, no Cerrado e em outras regiões.
Segundo o especialista, a cooperação entre órgãos públicos e privados é urgente para desmantelar as redes criminosas, assim como o uso de novas tecnologias, eficazes no rastreamento e monitoramento de produtos, o que permite real integração de informações tributárias, financeiras e de segurança pública, combatendo a evasão fiscal, além de desarticular as facções e suas fontes de financiamento.
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