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ICL, Etco e Abin defendem atuação conjunta no combate à criminalidade

Publicado em 22/03/2022 por Alessandra de Paula

Unir forças em prol da fiscalização assertiva e do combate aos atos ilícitos: esse foi o objetivo da Reunião do Conselho Integrado de Segurança e Inteligência Empresarial/RJ, realizada na quinta-feira (17), na sede da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja).

Estiveram presentes ao evento Guilherme Theophilo, CEO do Instituto Combustível Legal (ICL); Edson Vismona, presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco); Victor Carneiro, superintendente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); além de representantes de outros setores, como energia, telefonia, bebidas, cigarros.

A iniciativa do ICL de juntar integrantes da inteligência não é só importante, é essencial. Sem essa integração, a gente não consegue combater as gravíssimas ameaças que enfrentamos, especialmente o setor de combustíveis

Em pauta, a busca por soluções para problemas comuns que afetam os setores, como roubos, furtos, sonegação de tributos. Só no mercado de combustíveis, são sonegados por ano mais de R$ 14 bilhões, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.  Guilherme Theophilo destacou a importância do encontro e de atuar conjuntamente com outras instituições:

“Desde o ano passado, estamos trabalhando nessa integração. Eu já tinha experiência como Secretário Nacional de Segurança Pública, advogando pela integração entre os diversos órgãos. Já temos um caso de sucesso no trabalho conjunto de instituições, com a diminuição nos casos de trepanação na Transpetro. Após o trabalho das polícias civil e militar, junto com a empresa, conseguiram reduzir as ocorrências a quase zero no Rio de Janeiro. Outros exemplos vão surgir daí. Essa troca de informações é muito saudável, porque a gente sabe que o crime organizado fica migrando para onde a fiscalização é menor. Com a inteligência ampla, integrada e irrestrita, poderemos fornecer dados para os órgãos de repressão e fiscalização, para ter um combate aos crimes mais eficaz”, ressaltou Theophilo.

De acordo com o superintendente da Abin, as principais ameaças enfrentadas no Rio de Janeiro são ataques cibernéticos, atividades ilegais de uso dual para a própria proteção (algumas das soluções de segurança, a exemplo dos recursos criptográficos, podem também ser utilizadas por grupos ligados ao crime), crime organizado e ações contrárias ao estado democrático de direito. Victor Carneiro frisou que ninguém trabalha sozinho, sendo assim, a instituição tem se aproximado do meio empresarial, buscando atuar em conjunto.

“Os problemas se concentram na região metropolitana, diferente de outros estados, por isso, precisamos de integração com os parceiros locais. Entre as ameaças, destaco a criminalidade organizada atuando no ambiente de empreendedorismo. Por isso, a importância desse evento. A ideia é que o grupo crie independência e debate sobre a participação dos entes públicos [no combate à criminalidade]”, ressaltou.

ICL apoia combate aos atos ilícitos

Já Edson Vismona destacou o papel do ICL, sempre incentivando iniciativas para combater as irregularidades no setor de combustíveis:

“A iniciativa do ICL de juntar integrantes da inteligência não é só importante, é essencial. Sem essa integração, a gente não consegue combater as gravíssimas ameaças que enfrentamos, especialmente o setor de combustíveis. São estruturas criminosas organizadas e, para isso, temos que nos organizar para combater a ilegalidade que opera e causa prejuízos bilionários ao setor. Essa é uma bandeira do ETCO e o ICL sempre nos impulsiona para que caminhemos nesse sentido”, completou.

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