Existe uma medida certa para encher o tanque de combustível do carro?
Publicado em 21/09/2018 por adminRodar com pouco combustível no tanque não é arriscado só por conta da tão temida pane seca. O motorista que opta por andar com o seu veículo na reserva deve ficar ciente que está exposto a uma série de problemas que podem comprometer a bomba de combustível.
Responsável por mandar o álcool ou a gasolina do tanque para o sistema de injeção do carro, a bomba permanece imersa no próprio combustível, no interior do tanque. Isso ocorre porque o líquido ajuda a resfriá-la e lubrificá-la. Quando o tanque está na reserva, isso deixa de acontecer e pode danificar o aparelho.
“Quem resfria a bomba no tanque é o próprio combustível. Se o motorista tem o costume de andar sempre na reserva, sempre que dá partida no motor, o combustível que não queima volta para o tanque por volta dos 40 graus. A bomba, que deveria ficar sempre resfriada, passa a ficar com uma temperatura um pouco maior”, explica Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen.
Além disso, os elementos que mais degradam o combustível são luz, calor e oxigênio. Dentro do tanque, não há luz. Mas, com o tanque vazio, o calor do combustível de retorno faz com que o produto perca qualidade mais rapidamente. “Andar com ele sempre na reserva causa um envelhecimento prematuro do produto, o que forma gomas que podem causar bloqueio parcial nos filtros, além de aumentar a evaporação dos componentes leves da gasolina. E isso pode prejudicar o bombeamento e a injeção de combustível”, afirma Pose.
E andar com o tanque muito cheio?
Diante disso, a recomendação do especialista é sempre manter o tanque bem abastecido e evitar colocar seu veículo em risco. No entanto, é muito importante não cometer excessos e tentar encher o combustível além do máximo indicado, o famoso “encher até a boca”.
“O ideal é andar com o tanque cheio, mas sem exagerar e tentar encher até a boca. Encher acima do limite danifica o cânister, que é um filtro de carvão ativado que absorve os vapores de combustível formados no tanque e os devolve ao motor do veículo”, recomenda Gilberto Pose.
“Quando o funcionário do posto realiza o abastecimento, a própria bomba de combustível realiza um travamento automático que deve ser respeitado. Quando esse limite é ultrapassado, o combustível pode vazar pela válvula limitadora e chegar às mangueiras de injeção, aquecendo o sistema e o danificando”.