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Com ação de facções criminosas, adulteração de combustíveis envolvendo metanol aumenta 73%

Publicado em 07/06/2024 por Alessandra de Paula

Estimativas do Instituto Combustível Legal (ICL) apontam que fraudes, adulteração e sonegação causam um rombo de quase R$ 30 bilhões por ano no setor de combustíveis. Por trás desses lucros bilionários, estão organizações criminosas, que usam até metanol, um produto altamente tóxico, para adulterar combustíveis.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, os autos de infração da ANP ligados a metanol bateram recorde em 2023 – foram 187 registros, uma alta de 73,5%, se comparado a 2022, quando  foram registrados 108 casos.

Em um dos casos, a operação Fake Fuel, realizada pelo Grupo de Ação Especializada do Ministério Público (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil e ANP, interditou três postos de combustíveis em Niterói e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Em um dos postos, o etanol tinha 92,1% de metanol – o limite permitido por lei é de 0,5%.

Em outra ação, o Gaeco, em força-tarefa com outros órgãos, investiga o envolvimento de bandidos do PCC com adulteração de combustíveis, após a apreensão de um caminhão com 30 mil litros de metanol em uma rodovia de São Paulo. As empresas envolvidas nas fraudes teriam movimentado R$ 31 milhões e usavam  “laranjas”  para esconder os elos com os criminosos.

Para tentar coibir os atos ilícitos, a ANP indeferiu 67 pedidos de importação do metanol, evitando a entrada de 63 mil metros cúbicos do produto no país.

Crimes no setor migram do Sudeste para o Nordeste

Ao Estadão, Emerson Kapaz, presidente do ICL, alerta para a expansão pelo país da atuação de organizações criminosas no setor de combustíveis. “Temos ficado muito preocupados com isso. Infelizmente, o crime organizado vem crescendo a atuação dentro do setor”, ressalta Kapaz, destacando o movimento que o crime tem adotado. “Eles saíram mais da Região Sudeste e também começaram a atacar fortemente o Nordeste, por exemplo.”

O ICL segue dando visibilidade e apoiando as ações das autoridades em prol do mercado honesto e da concorrência leal.

Confira matéria no Estadão (link fechado para assinantes).

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